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“Doutor, quando preciso trocar a prótese de silicone?” Essa é a pergunta mais comum nos consultórios de cirurgia plástica e ela não tem uma única resposta, além de ser um dos temas mais discutidos pelos cirurgiões.

O primeiro ponto para entender a necessidade é o motivo pelo qual o implante será trocado: contratura, ruptura, rippling (“dobras”), ptose (queda da mama) ou desejo da paciente.

Quando Trocar a Prótese de Silicone

A causa mais importante e controversa é a contratura. Toda vez que colocamos algo dentro do organismo, qualquer coisa, até uma farpa no dedo ou a prótese de mama, o corpo faz uma cápsula para isolar esse objeto do resto do organismo. Essa cápsula começa a ser formada entre 2 e 3 meses após a cirurgia e ela é importante para nós.

Por motivos ainda não totalmente elucidados o corpo pode mandar um tipo de “sinal” para esta cápsula  em qualquer momento da vida da paciente, fazendo com que ela fique mais dura e espessa – isso é a contratura capsular. Na prática a paciente pode notar a prótese mais nítida ao palpar, um pouco mais dura, diferença de posição entre as mamas visível ao observar no espelho e eventualmente até dor. É claro que isso não acontece de um dia para outro, mas ao longo de semanas a meses.

Está muito bem definido que com o tempo o risco da contratura aumenta. Estudos indicam que a chance é de 8 a 10% após 10 anos da inclusão da prótese.

Existe uma Classificação que determina a intensidade dessa contratura: Classificação de Baker que vai de 1 (normal) a 4 (alteração visível, palpável e com dor).

Após a avaliação pelo cirurgião plástico e exames de imagem é possível confirmar a contratura. Apesar do exame poder indicar a presença de uma ruptura na maioria dos casos é muito difícil determinar se a própria contração da cápsula rompeu a prótese ou se a ruptura estimulou a contratura.

Após muito anos de estudo aprendemos que o tipo de superfície da prótese sendo mais rugosa (texturizada) do que lisa diminui esse risco além da cobertura suficiente de tecido para a prótese, evitando contado direto com a pele.

Na forma mais branda de contratura é possível retardar sua evolução e eventualmente até conseguir regressão com uma medicação. Entretanto não existe um estudo profundo e com quantidade suficiente de pacientes que confirme esse uso.

Caso ocorra a contratura e a paciente tenha repercussão clínica está indicada a troca do implante.

As discussões sobre implantes texturizados ou de poliuretano, colocação da prótese acima ou abaixo do músculo, “lavagem” do implante com soluções, estão longe do fim e carecem de estudos adequados. Muitos cirurgiões sugerem que a troca seja feita após 10 ou 15 anos de forma que a paciente ainda não tenha desenvolvido contratura mais intensa o que facilitaria a troca e com menos consequências. Entretanto a estatística sugere que 90% das mulheres não precisariam trocar seus implantes.

Essas opções são discutidas com a paciente e definidas pelo cirurgião conforme a linha de estudos que ele segue.

Quando trocar a prótese de silicone. Em caso de dúvida, procure um especialista.

 

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