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A recomendação de parar de fumar sempre está presente aqui no blog. O cigarro prejudica o pós-operatório de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, dificulta o processo de cicatrização das incisões, por causa das substâncias que são liberadas na corrente sanguínea, é um fator importante no desenvolvimento de doenças, por exemplo, o câncer, e é também um forte motivador do envelhecimento cutâneo.

Ótimo, sabendo de todos esses pontos tudo que resta ao fumante é deixar de fumar, correto? Sim, porém nem sempre essa é uma tarefa fácil!

Hábito de Fumar

Os hábitos são comportamentos enraizados, que fazem com que nós executemos algumas tarefas de maneira automática, sem que o cérebro tenha que gastar energia para entender como executar repetidamente essa ação. Quando nos damos conta, já fizemos.

Alguns hábitos são bons, como o de praticar exercícios físicos.

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Mas, nem tudo são flores, e o nosso cérebro também coloca no piloto automático hábitos ruins, como fumar, isso faz com que o processo de parar de fumar se torne mais complexo, afinal o cérebro já se acostumou a executar essa ação. Então quando a pessoa percebe já está com o cigarro acesso sem nem ter pensado para isso.

E se a pessoa parou de fumar a pouco tempo, o poder do hábito faz com que ela sinta falta de executar aquela tarefa de acender um cigarro e fumar, o que fazia parte da rotina.

Substâncias do cigarro – Dependência Física

Quando um cigarro é aceso mais de sete mil substâncias químicas são liberadas sendo 69 delas diretamente ligadas ao desenvolvimento de câncer.

Alguns desses produtos químicos que estão presentes nos cigarros são: a acetona – composto usado nos removedores de esmalte; o arsênio – geralmente encontrados nos venenos para ratos; o monóxido de carbono; o chumbo; e a nicotina que é a substância estimulante responsável pela dependência química.

Após a primeira tragada, em questão de segundos, a nicotina atinge o cérebro estimula a liberação de adrenalina, o que cria uma curta e viciante sensação de prazer.

Com o passar das tragadas e do tempo o corpo cria certa tolerância à nicotina, o que aumenta a vontade de fumar e faz com que você tenha que fumar mais e mais para conseguir alcançar as mesmas sensações daquele primeiro cigarro.

Além de viciante, a nicotina também diminui o calibre dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação do sangue pelo corpo, o que pode ocasionar doenças circulatórias, cardíacas e prejudicar o processo de cicatrização.

Dicas para parar de fumar

Agora que você já sabe o quanto o tabagismo faz mal, separamos algumas dicas simples e fáceis de implementar que irão ajuda-la(o) a se livrar de vez desse hábito nocivo.

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Paciência e Persistência

Parar de fumar não é um processo tão simples porque o corpo passa por mudanças físicas e emocionais. Nessa época é comum a pessoa ganhar peso, ter irritabilidade e insônia, isso por causa da ausência das substâncias químicas e da dependência psicológica dos cigarros.

A primeira semana geralmente é a mais complicada.  Mas é importante dizer que os sintomas da abstinência passam com o tempo, então é fundamental ter paciência e persistência, identificar os sintomas que estão surgindo e tentar conviver com eles da melhor maneira possível, sem ter que recorrer aos cigarros.

Restringir o local de fumo

Essa estratégia é uma opção para dificultar a execução do hábito.

Além de ser incômodo ter que sair do local onde se está e se deslocar à um lugar que você julgou “permitido” para o fumo, você ainda faz com que alguns cômodos da sua casa fiquem livres do cheiro de cigarro e a ausência do cheiro diminui a indução da lembrança e da associação do cheiro com a vontade de fumar.

Substituir a situação

Como o hábito de fumar está ligado aos comportamentos, mais especificamente à associação de prazer, por exemplo, tomar café e acender um cigarro, ou dar uma pausa no trabalho para fumar um cigarro, ou tomar uma cerveja acompanhada de cigarro, isso também gera dependência, pois o cigarro é associado ao prazer, e o cérebro faz a errônea associação de que se você está buscando o prazer, basta acender um cigarro.

As situações de stress, tristeza, solidão e tédio também favorecem o uso do cigarro, pois na maioria das vezes é o momento em que o fumante senta para refletir e fumar um cigarro. Isso também faz com que o cérebro faça a associação da necessidade do cigarro para lidar com qualquer uma dessas situações.

Para quebrar essas associações, atente-se a não fumar diante delas. Se você adora fumar depois da refeição, quebre esse hábito, permita-se fazê-lo apenas uma ou duas horas depois de cessar a sua alimentação. Se você não levantaria depois de assistir um filme para ir fumar no frio da sacada, permita-se fumar apenas nessa situação. Fazendo essas modificações no hábito você não está parando definitivamente, mas está dificultando o acesso, o que irá ajudar a parar.

Encontrar substitutos físicos

Manter a boca e as mãos sempre ocupadas é uma das técnicas para enganar o cérebro e lidar com a falta do cigarro. Balas e chicletes na boca e caneta na mão podem ajudá-la(o).

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Aliviar o estresse e praticar exercícios físicos

Você também pode e deve usar métodos para aliviar o estresse que substituam o cigarro, como por exemplo, praticar técnicas de respiração profunda e de meditação ou mesmo exercícios físicos, como corrida, pois os neurotransmissores produzidos pelo exercício físico, como a endorfina, trazem as mesmas sensações prazerosas de cigarro, só que com uma duração mais prolongada.

Pastilhas e adesivos

Para algumas pessoas, nas quais a dependência química já está bem instaurada, é necessário fazer o uso de chicletes de nicotina ou adesivos que contém a substância.

Essas opções são infinitamente mais saudáveis que os cigarros, mas também têm seus malefícios (já falamos de alguns efeitos colaterais da nicotina aqui nesse post) e também deve-se tomar cuidado para que o fumante não substitua um vício pelo outro.

Se você julgar necessário recorrer a essas opções, trace metas de quantidades permitidas e datas para cessar o uso.

Procurar ajuda

Se você não está conseguindo sozinha(o), saiba que não há nada demais em pedir ajuda. Existem grupos de apoio e profissionais especializados que podem ajuda-la(o) parar de fumar de forma definitiva.

No site do INCA você pode encontrar informações bem interessantes no programa de combate ao tabagismo.

Pense na economia financeira

Para muitas pessoas essa dica funciona. Você já parou para pensar quanto que você gasta com esse terrível hábito? Se levarmos em consideração que um maço de cigarro fabricado no Brasil custa em média R$ 7,00  e que um fumante consome diariamente um maço de cigarro, no fim do mês esse fumante terá gasto R$ 210,00 só em cigarros.

Isso se a pessoa fumar um maço de R$7,00, mas uma conta feita pelo Centro Universitário Cesumar (Unicesumar), de Maringá, no norte do Paraná, evidenciou que muitos fumantes gastam em torno de R$ 10 mil por ano somente com a compra de cigarros, e fazem isso sem nem perceber.

Conclusão

Não importa, se você precisar de uma, duas ou todas essas dicas, o importante é que você consiga se conscientizar que a mudança é importante, que é acessível e que você pode e vai conseguir vencer esse vício.

O Instituto Nacional do Câncer considera o tabagismo como a principal causa evitável de morte. Portanto, quanto antes você conseguir cessar com esse hábito nocivo, melhor será para você e para a sua família.

Esperamos que esse conteúdo tenha sido interessante para você. Se você tem amigos ou familiares que estão tentando parar de fumar, encaminhe o link desse post para eles, para que eles também possam aplicar essas dicas e abandonar esse tão danoso vício.

Para ler mais conteúdos como este acompanhe o blog e o Facebook da Clínica de Cirurgia Plástica Dr. Raidel Deucher!
Fontes
Ministérios da saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6716&Itemid=290
Portal instituto nacional de cancer: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home
Autoridade Fitness: https://www.youtube.com/watch?v=wQjRjK9WpXU&t=247s