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Doença do Silicone e Síndrome Asia não são a mesma coisa! PARTE 1

Doença do Silicone e Síndrome Asia

Nos últimos anos essas duas condições ganharam muita repercussão especialmente pelos Grupos de Apoio nas redes sociais e também pelo destaque na mídia. 

Entretanto, elas não são novidade e muito menos “modinhas”. 

Há anos sabemos dos possíveis efeitos – mesmo que raros – do silicone no corpo. Ainda há muito o que ser esclarecido, especialmente quanto a exames e diagnóstico mais preciso, além de saber quem é mais suscetível a desenvolver sintomas. 

Vamos começar entendendo a Síndrome Asia: Síndrome AutoImune/Inflamatória Induzida por Adjuvantes. 

Em 2011 uma extensa pesquisa realizada em Israel pelo pesquisador Y. Shoenfeld identificou diversas substâncias que podem desencadear uma resposta imune do nosso organismo. Entre elas estão o alumínio, corantes, escaleno (presente em muitas vacinas), silicone e muitas outras. 

O que acontece é que ao invés de criar anticorpos contra a substância, o organismo acaba cometendo um erro e cria auto-anticorpos. Ou seja: o corpo luta contra ele mesmo. 

Existem diversas doenças autoimunes conhecidas com diferentes causas, especialmente genéticas, familiares, mas principalmente idiopáticas – ou seja, que não conhecemos a origem ainda. Entre elas: Lupus, Artrite Reumatóide, Tiroidite de Hashimoto.

A Síndrome Ásia tem mecanismo semelhante de desenvolvimento e na maioria das mulheres os sintomas começam 7 a 9 anos após a colocação do silicone.

Os sintomas são amplos e bastante comuns, inclusive no dia a dia de quem não tem silicone: 

Dores articulares, boca seca, olhos secos, dor de cabeça, cansaço, queda de cabelo, fadiga, manchas no corpo, urticária, alterações no hábito intestinal, alterações do sono, perda de memória, alterações cognitivas. Por serem sintomas subjetivos e auto-relatados – aqueles que não podem ser medidos ou feitos exames, o diagnóstico geralmente é feito por exclusão.

Diagnóstico de Síndrome Ásia

Critérios Maiores

  • Exposição a um estímulo externo (infecção, vacina, silicone, outros adjuvantes) antes do início dos sintomas
  • Manifestação de sintomas “típicos”
    • Mialgia, miosite ou fraqueza muscular
    • Artralgia e/ou artrite
    • Fadiga crônica, sono não restaurador, alterações do sono
    • manifestações neurológicas
    • perda de memória, alterações cognitivas
    • aumento de temperatura, boca seca
  • Melhora dos sintomas com a remoção do agente desencadeante
  • Biópsia de órgãos envolvidos mostrando alterações

Critérios Menores

  • Aparecimento de auto-anticorpos ou anticorpos contra o adjuvante suspeito
  • outras manifestações clínicas
  • Pesquisa de HLA – DRB1, HLA-DQB1
  • Presença de doença autoimune

É muito importante destacar que além da prótese, existem diversas outras fontes de silicone com as quais entramos em contato desde o nascimento: chupeta, mamadeiras, colheres, cosméticos, entre vários outros. 

Também sabemos que existe uma susceptibilidade genética, mas ainda não sabemos identificar em quem. 

Se você identificou um ou mais sintomas, nada de desespero! Acima de tudo busque informações em canais confiáveis e com seu cirurgião e seu reumatologista. 

Por último, é muito importante conversarmos bastante, analisar exames, contexto, e não deixar passar outras doenças que podem se confundir e realizar o tratamento correto. 

No próximo post você vai entender a diferença para a Doença do Silicone.